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Nos dias 09 e 10 de novembro, acontecerá o III Encontro Kitembo de Subjetividade e Cultura Afro-brasileira, que neste ano traz o tema "Povos Afro-indígenas, saberes tradicionais e pesquisa em diálogo com a universidade". O evento acontecerá no Auditório do Bloco P, no Campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF). Não há necessidade de inscrições prévias: as mesmas serão feitas no primeiro dia do evento.
Confira a apresentação do evento divulgada pela organizadores:
"A construção do campo científico em nosso país se deu através da importação dos saberes científicos europeus e norte-americanos e da deslegitimação e extermínio dos saberes tradicionais a saber: de matrizes indígena e africana. As marcas do encontro colonial se reproduzem ainda hoje nas práticas de ensino, pesquisa e extensão, nas quais os saberes populares são tomados com subalternos, desqualificados e objetos a serem desvendados, traduzidos e civilizados pela intervenção acadêmica.
Fora da universidade, no entanto, o repertório de práticas e saberes populares constituem campos de cuidado, acolhimento e pertencimento para significativas parcelas da população, que historicamente têm sido excluídas, ignoradas e exterminadas pela universidade e pelo Estado. Terreiros de candomblé, aldeias indígenas, quilombos, irmandades negras, capoeiras, afoxés, casas de umbanda, grupos de jongo, funk, coco, macaracatu, hip-hop, dentre outros, são exemplos de manifestações político-culturais que muitas vezes são folclorizadas nas perspectivas hegemônicas, mas que são centrais na construção dos modos de vida de seus praticantes, garantindo a preservação e transmissão de valores civilizatórios fundados nos saberes tradicionais, possibilitando a sobrevivência e a resistência das pessoas, dos grupos e das manifestações culturais.
O III Encontro Kitembo parte da aposta de nosso laboratório: não tomar os saberes populares como inferiores ou objetos de pesquisa, mas como interlocutores na construção de saberes e práticas de cuidado em psicologia que tenham como referencial não apenas as matrizes europeias e norte-americanas, mas também africanas e indígenas. Tendo como convidados lideranças indígenas, povos de terreiro, membros de grupos culturais negros povo de favela, pesquisadores acadêmicos dentre outro, pautaremos o cuidado das ervas e a metodologia de pesquisa na universidade, apostando que tais debates nos auxiliarão na construção de ferramentas de pesquisa e cuidado que sejam potentes na promoção de saúde".
Programação:
? 09 de novembro
9h - Mesa de Abertura
Abrahão de Oliveira Santos (Coordenador do Laboratório Kitembo)
Francisco Palharini (Diretor do Instituto de Psicologia - UFF)
Luiza Oliveira (Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFF)
9h30 - A pesquisa e os saberes tradicionais
Antônio Bispo dos Santos (Relator de saberes, Liderança quilombola, lavrador, formado por mestres e mestras de ofício, e intelectual)
Capitão Potiguara (Liderança do povo Potiguara)
Luiza Oliveira (Coordenadora do PPPG UFF)
Mediação: Abrahão de Oliveira Santos (Dep. Psicologia - PPPG UFF)
14h - A pesquisa na favela e a expropriação cultural
Ricardo José de Moura (Prof. Gestão Pública/UFRJ, pesquisador do CEPEDOCA e integrante do Raízes em Movimento)
Ocupa Alemão: Favela/Quilombo
Eduardo Passos (Dep. Psicologia - PPPG UFF)
? 10 de novembro
9h - Abertura
9h30 - Intervenções e práticas de cuidado nos terreiros em diálogo com a Universidade
Arlene de Katendê (Mestre dos saberes de matriz africana de tradição banto)
Cecílio Santana Feitoza (Mestre, líder espiritual e político dos Xucuru do Ororubá)
Pai Roberto Braga (Mestre dos saberes de matriz africana de tradição banto)
Kátia Aguiar (Dep. Psicologia - PPPG UFF)
14h - A pesquisa junto aos povos indígenas
Hosana Celi Oliveira e Santos (Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidades/UFPE)
Guilherme Araújo Marinho Magalhães, conhecido como Guila Xukuru (Estudante de direito, fundador da Ororubá Filmes; membro do Coletivo da Juventude Indígena Xukuru)
Bruno Rodrigues da Silva (Estudante de Ecologia; membro da Organização de Jovens Indígenas Potiguaras)
Jhonny Alvarez (Dep. Psicologia - PPPG UFF)16h30 - Pesquisa, lideranças jovens e tradicionalidade
Estela Cardoso Pereira (Graduanda em Psicologia UFF e Voluntária da Biblioteca Comunitária do Engenho do Mato - BEM)
Cristina Rauter (Dep. Psicologia - PPPG UFF)
Maiah Lunas (Juventude de Terreiro da RENAFRO – Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras; Coletivo de Estudantes Iolanda Oliveira)
Thiago Ferreira da Cruz (MC Garcia)
Mais informações no site: https://
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Local: Sala Roberto Cardoso de Oliveira | Museu Nacional/UFRJ
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A Universidade da Cidadania (UC), espaço voltado à formação de militantes e lideranças de organizações da sociedade civil, e o Colégio Brasileiro de Altos Estudos (CBAE/UFRJ), visando estabelecer canais de interlocução sobre temas da atualidade que afetam a vida do conjunto da sociedade brasileira, promovem o debate “Os donos da terra: regulamentações e desregulamentações fundiárias urbanas, rurais, em territórios tradicionais e na Amazônia”. O debate tem o objetivo de focar nas consequências advindas da Lei 13.465, de 11 de julho de 2017, antiga MP 759/2016 e nas alternativas possíveis. O evento conta com o apoio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU-RJ).
O debate versará sobre os desafios impostos à sociedade brasileira com os desdobramentos da lei nas áreas e assentamentos rurais, territórios tradicionais, Amazônia Legal, assentamentos urbanos informais, subnormais e de áreas faveladas e avaliará os reflexos da nova lei na luta pela afirmação de direitos fundamentais, como o direito à terra urbana e rural e à moradia digna na cidade e no campo. Debatedores convidados:
João Daniel
É Deputado Federal pelo PT/SE e membro titular da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados (CDU) e liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de Sergipe. Fará uma apresentação sobre os desdobramentos e impactos da Lei aprovada na política de reforma agrária e na região da Amazônia Legal.
Rosane Tierno
É advogada com larga experiência em regularização fundiária e dirigente do Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU). Fará uma exposição sobre os impactos na política de regularização fundiária urbana.
Maria de Lurdes Lopes Fonseca
Conhecida como Lurdinha. É uma das mais importantes e reconhecidas lideranças populares da luta pela moradia e pelo direito à cidade e membro da coordenação do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM). Fará uma exposição sobre o impacto da Lei nas lutas populares pelo direito à habitação, na política urbana e no planejamento das cidades.
Após as exposições dos palestrantes haverá debate com o público presente.
O evento é gratuito e as vagas serão limitadas em função da lotação do local.
Data: 30 de outubro de 2017
Horário: das 18:00 às 21:30 horas
Local: Salão Pedro Calmon, Campus da UFRJ/Praia Vermelha, na Avenida Pasteur 250, Urca.
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No dia 9 de novembro, quinta-feira, será realizado o evento Produção acadêmica e militância política: diálogos possíveis, organizado pelo CPDA/UFRRJ e pelo grupo de pesquisa Ciência, Natureza, Informação e Saberes (CINAIS - CPDA/UFRRJ).
Confira a chamada divulgada pelos organizadores do evento:
"O debate visa promover uma reflexão sobre a complexa relação de troca, às vezes tensa e ambígua, que ocorre na produção do conhecimento envolvendo pesquisadores-militantes e militantes-pesquisadores. Entende-se que o conhecimento acadêmico, assim como outras formas de conhecimento, está implicado na dinâmica social-político-cultural. Do mesmo modo, toda forma de militância política é informada por conhecimentos produzidos seja pela academia seja por suas próprias práticas. Assim, cabem questões como: todo pesquisador é um agente político? Toda prática militante produz conhecimento? Como pensar a coprodução de conhecimentos? Quais as possibilidades de diálogo e de articulação entre essas práticas?"
Não há necessidade de inscrição prévia. O evento será transmitido ao vivo no YouTube. O link da transmissão será divulgado na página do evento no Facebook.
Comissão Organizadora:
Ana Carneiro (DDAS/UFRRJ)
Carmen Andriolli (CPDA/UFRRJ)
Maria José Carneiro (CPDA/UFRRJ)
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