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Em atividade desde 2016, o Pantheon é um serviço disponibilizado para toda a comunidade acadêmica pelo Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ (SiBi) em parceria com a Superintendência de Tecnologia de Informação e Comunicação (SuperTIC). O objetivo é a criação de um espaço para registro e disseminação da produção científica, cultural, artística, técnica e tecnológica da Universidade.
"O repositório é uma formalização do espírito universitário", afirma a coordenadora do SiBi, Paula Mello. "Todas as produções, seja da área de saúde, econômica, social ou tecnológica, são da UFRJ. E faltava um lugar para que todos pudessem dizer nós somos UFRJ, independente da área que eu venha. Somos parte desta instituição. E o que eu fiz aqui? O que eu fiz por ela? Está tudo lá no Pantheon."
De relatórios técnicos a teses de doutorado, passando por trabalhos de conclusão de curso, patentes e dissertações de mestrado, todo o material produzido na UFRJ, em formato digital, poderá ser disponibilizado na íntegra e acessado remotamente. Segundo Paula Mello, uma das maiores vantagens do repositório é a capacidade de projeção: "No momento em que um trabalho entra no Pantheon, ele recebe um número de identificador digital, e os programas buscadores nacionais e internacionais são comunicados desse novo material. Isso gera uma projeção fora da Universidade e aumenta sua visibilidade". O número de downloads dos arquivos do repositório corrobora essa afirmação. Apenas no ano de 2016, foram mais de 107 mil pedidos vindos de diversas partes do mundo.
A maior exposição dos trabalhos e a filosofia de acesso livre não significam uma fragilidade na segurança de autoria das produções. O sistema utilizado no Pantheon cria uma identificação unívoca entre cada objeto com seus dados básicos e sua origem, na internet. "Tudo que está no Pantheon é recuperável. Colocando parte do texto, é possível encontrar todo o trabalho. Além disso, o número da identificação guarda a data de entrada do documento. Isso garante a autoridade", afirma Samantha Pontes, do Departamento de Desenvolvimento de Bibliotecas do SiBi. "Todo conteúdo está no domínio da UFRJ, o que garante a chancela da instituição."
Os trabalhos disponibilizados por autores ou orientadores devem cumprir alguns critérios: ser uma produção realizada no âmbito da UFRJ, estar em formato digital e ter acesso aberto, ou seja, não apresentar qualquer embaraço com direitos de publicação. Acesse o site do Pantheon para publicar ou consultar material acadêmico da UFRJ.
(texto: Site UFRJ. Veja a matéria original em: https://goo.gl/xhvjrN)
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(texto: CBAE/UFRJ)
Em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o Colégio Brasileiro de Altos Estudos realizará no dia 22 de agosto uma atividade com o objetivo de apresentar os resultados parciais da pesquisa “O Custo da Oportunidade”, feita conjuntamente por docentes, discentes e técnicos da UFRRJ e da Duke University. Este evento, que vai reunir os pesquisadores Alexandre Fortes, John French e Stephanie Reist, se segue a outro, organizado pelo CBAE em setembro do ano passado, intitulado “Avanços e desafios na expansão do ensino superior: reflexões a partir do caso da Baixada Fluminense (2016)” (ver link: https://goo.gl/iatiK4).
Data: 22/08/2017
Hora: 15h
Local: Colégio Brasileiro de Altos Estudos
Endereço: Av. Rui Barbosa, 762 - Flamengo
A atividade inclui a projeção de vídeo que possui o mesmo título do projeto, além de apresentações orais e debate evincula-se também às iniciativas do Fórum Rio em defesa das universidades públicas e dos investimentos em Ciência e Tecnologia no país.
Atualmente pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da UFRRJ, Alexandre Fortes é doutor em História pela UNICAMP. Sua área de pesquisa abrange a história do trabalho, história da esquerda e movimentos sociais na América Latina. Atualmente integra a Red Latinoamericana de Historia Global.
Brasilianista, John French é doutor em história do Brasil pela Universidade Yale e professor de História na Universidade Duke. Tem interesse por temas relacionados à classe trabalhadora, escravidão, legislação, política, economia e cultura popular na América Latina. É autor dos livros “O ABC dos operários: conflitos e alianças de classe em São Paulo (1900-1950)” e “Afogados em Leis: a CLT e a cultura política dos trabalhadores brasileiros” e, desde 2005, trabalha em uma biografia do ex-presidente Lula.
Já Stephanie Reist é estudante de doutorado em Estudos Latino-Americanos na Universidade Duke, onde pesquisa a ocupação urbana no Brasil e na Colômbia. Trabalhou no Projeto Raízes Locais, um projeto comunitário gerido pela Associação Terra dos Homens, em Duque de Caxias, analisando a dinâmica centro-periferia, pertencimento, cidadania e direitos sobre a terra.
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O NuCEC (Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia) divulgou a agenda de seminários que serão promovidos no segundo semestre de 2017. Os eventos ainda não tem local e horário definidos, o que será divulgado posteriormente, próximo às datas de cada evento.
Confira abaixo:
Além disso, nesse semestre estarão ativos dois grupos de estudos do NuCEC:
Para mais informações, acesse o site do NuCEC: http://www.nucec.net/
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Notícia originalmente publicada no Portal Café História, por Bruno Leal. Acesse a notícia original neste link.
“Pierre Bourdieu e a produção social da cultura, do conhecimento e da informação” é organizado pelos pesquisadores Regina Marteleto e Ricardo Pimenta, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do IBICT-UFRJ, e foi publicado pela Garamond Editora, com apoio da Faperj.
A obra traz a contribuição de autores das áreas de Ciência da Informação, Comunicação, Saúde, Arquitetura e Urbanismo, Museologia, Ciências Sociais, que analisam diferentes formas de aplicação dos conceitos e métodos produzidos por Pierre Bourdieu, em seus respectivos campos de inserção científica. Além disso, o trabalho pretende fornecer um “guia de leitura” da obra do sociólogo francês para a reflexão crítica das formas sociais de produção do conhecimento, obra inovadora proposta pela Ciência da Informação, como tributo às contribuições das ideias do pesquisador francês neste campo.
O livro está dividido em três partes:
Parte 1 – Bourdieu e as teorias implicadas ao conhecimento do campo informacional.
Parte 2 – Bourdieu, a informação e o campo científico.
Parte 3 – Bourdieu e a diversidade das práticas e processos culturais.
Clique aqui para fazer download da obra.
Veja mais informações sobre o livro no site da editora Garamond.
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Cantar funk é crime? Projeto de lei no Senado diz que sim
Matéria por: Lusiane Sousa
(Notícia reproduzida do Boletim Conexão UFRJ)
Desde o nascimento até hoje, o funk é visto como um gênero de música marginal. Por ter uma história relacionada à juventude negra e pobre, foi alvo de críticas e preconceitos e, mesmo com o reconhecimento mundial, ainda sofre com ações elitistas que buscam excluí-lo da cena musical brasileira.
Em maio deste ano, uma proposta de lei que criminaliza o estilo musical funk recebeu 22 mil assinaturas de apoio pela ferramenta Ideia Legislativa, disponível no site do Senado Federal. Quando as assinaturas passam de 20 mil, a proposta é encaminhada para análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
O relator da proposta é o senador Romário, do partido PSB/RJ, e o mentor é o empresário paulista Marcelo Alonso. Em seu argumento, Alonso alegou que os bailes “são somente recrutamento organizado nas redes sociais por e para atender criminosos, estupradores e pedófilos”. Ele também afirmou que há venda e consumo de álcool e de drogas nos bailes, além de “orgia e exploração sexual, estupro e sexo grupal entre crianças e adolescentes, pornografia e pedofilia”.
Elitismo e racismo
Adriana Facina, professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional (MN) da UFRJ e estudiosa das práticas culturais em periferias e favelas, afirma que o funk sempre foi visto como um gênero musical marginal pela imprensa e pela classe média e elite.
“Acredito que, por trás dessa proposta, esteja uma tentativa não de criminalizar o funk em si como gênero musical, mas de criminalizar a juventude negra e pobre que vem sendo exterminada e é considerada grande inimiga pelas elites. Essa juventude é justamente a parcela da população mais explorada, mais oprimida, mas que tem um potencial de revolta, rebeldia muito grande. E o funk está associado a isso”, explicou.
A proposta de lei, além de tentar criminalizar o movimento, denomina o funk como “falsa cultura”. Para Adriana, não existem culturas falsas ou verdadeiras. A antropóloga ainda afirma que essa tentativa de desqualificá-lo como manifestação cultural é antiga.
“Em geral, as manifestações culturais negras passam por esse processo de desqualificação, de não serem consideradas como arte, cultura, como expressão legítima. E isso está associado ao racismo e ao elitismo de classe. Gosto é questão de classe social, de raça. Então acredito que seja uma expressão de elitismo e racismo desses que pedem a criminalização do funk”, disse.
Confira a matéria completa em: https://xn--conexo-7ta.ufrj.br/node/75